Em tempo de lembranças vem sempre à memória a grande Diva, que não estando já entre nós, está sempre presente.
E certamente a Diva ficará orgulhosa por ter deixado uma tão valiosa herança ... o "Nosso" Fado.
O Nosso Fado, que cada mais, vai estando em tão boas mãos (entenda-se, "em tão boas vozes").
Passados 10 anos após a viagem da Diva, hoje lembrei-me de homenageá-la de uma forma mais singela e partilhar com todos, não um nome da moda, permanentemente presente, mas um outro, provávelmente pouco lembrado .
Suzana
Inspirada em Amália e Maria Teresa de Noronha, Suzana, fadista nascida em Lisboa, já venceu uma Grande Noite de Fados em 1998, participou em muitos programas de televisão. criou o duo "Duas Luas", com o seu marido Marco Quelhas e, está aí...
Para além do seu "Anel de fogo" um fado excepcional, inserido no seu primeiro album e que em 2007 foi considerada uma das melhores canções do ano pela “BILLBOARD Magazine”, escolhi hoje, um excerto de um concerto ao vivo cantando um fado muito popular mas, com "aquela voz" que fascina;
O senhor "riso" deixou-nos ... Mas deixou-nos felizes ... ...Para muitos, sem favor. E por isso gostaria de escrever o meu discurso ... o maior "MUITO OBRIGADO" ... Raul Solnado
Pensei que iria entrar em pânico mas não... Os primeiros momentos forma de excitação. Depois quando finalmente percebi que o "tornados" eram pacíficos, acalmei e acabei por relaxar ao som de algumas das minhas mais agradáveis memórias. Revivia os velhinhos anos 60. Pois é putos, vocês não sabiam que os velhotes curtiram assim não é? Pois agora chegou a vossa vez... parem, escutem e olhem e agarrem-se bem!
Chegaram os Tornados. E não vieram só dois ou três, vieram logo seis de uma vez. E pasmem, cantam em português!
É nestes momentos que o orgulho vem ao de cima. Nos momentos em que sentimos que não estamos sós. O Embalando tem apostado na defesa da musica portuguesa e em português. Apostámos em artistas como os Deolinda ou os OqueStrada e a própria Sara Tavaresentre muitos outros que ainda vão despontar. É por isso que não podemos deixar em claro a existência de um festival de musica que também aposta forte na musica em português - o Festival Delta Tejo - Entre hoje dia 3 de Julho e domingo dia 5 de Julho o Delta Tejo oferece-nos uma ementa de fazer crescer água na boca, tal a qualidade das bandas apresentadas no cartaz. Se puderem, não percam, pode ser que ainda encontrem lugar à "mesa".
A musica cantada em português é, obviamente, a minha paixão de sempre.
No entanto, a qualidade da musica em Portugal, tanto no presente como no passado, também fala outras linguas.
É pois, essa linguagem universal que a musica "fala", que vai servir de pretexto para iniciar aqui, uma nova rúbrica (Cantinho estrangeiro), que abordará a qualidade dos musicos e interpretes portugueses que falam "estrangeiro" quando cantam.
Paulo Gonzo com o seu "so do I", The Gift, Fingertips, David Fonseca, são alguns nomes já consagrados que chegaram á ribalta.
No entanto não podemos, nem devemos esquecer, outros nomes que batem ás portas (meio fechadas) da musica portuguesa. E, porque querem despontar, prometo estar atento para os divulgar devidamente.
Mas também falam estrangeiro, nomes imortais como Amália Rodrigues.
Assim, para começar uma breve selecção de musicos e cantores que "falam" em "estrangeiro", quem melhor para explicar que, a lingua da musica é universal,se não a eterna diva.
Sempre com o fado na voz Amália delicia-nos com uma das melhores interpretações do classico "Summertime"
O fado é do mundo O fado não é triste O fado é a alegria de todos Por isso o fado é cantado Por isso o fado é tocado Por isso o fado é ouvido Um virtuoso grupo de musicos brasileiros assim o entendem, Edu Miranda e o seu trio sorriem para o fado e vestem-no de festa e alegria, dando liberdade a um bendito som de cordas raramente ouvido
Não há duvida, não canta quem quer, apenas quem sabe. E é de inicio que tudo começa (obviamente) A RTP Memória está a recuperar um "velhinho" programa de entretenimento que se chamava "Casa de Artistas" e, ao lado de gente quase anónima lá estavam os manos "anjos" a preparar a sua rampa de lançamento. Aposto que muito pouca gente se lembra que, o famoso duo Nelson e Sérgio Rosado, afinal, também tiveram que prestar provas para poderem entrar no "clube" do "apertado" panorama musical português. Mas realmente a televisão sempre pode dar uma ajudinha.
Foi no final do verão quente de 2003. Foi no velho Teatro Tivoli que, verdadeiramente me encontrei com a primeira edição de Idolos em Portugal. Foi no velho teatro que, verdadeiramente foram encontrados,Idolos Os primeiros... Todos os que sairam "vivos" do Tivoli poderiam ser potenciais candidatos. O vencedor foi o Nuno Norte e o vice foi o Ricardo Oliveira. O Nuno Norte com a sua voz muito propria encontrara os melhores apoios para um arranque certeiro na sua carreira. O Ricardo Oliveira, para muitos o verdadeiro Idolo de 2003, encontrou promessas de um Cd não tão bem sucedido e, acabou no quase esquecimento "Encontrei-o" um dia destes, numa série de gravações efectuadas no circuito dos bares, e cá está ele com os seus "Biscoyto" numa de maestro a dominar as teclas e, descontraído, a oferecer ao seu público os sons redondos de uma voz quase perfeita, agora também com um novo tema. Ainda o vou ver a subir os degraus de uma carreira tão promissora, quanto a que ele merece.
Chegados ao fim de semana, sempre sabe bem finalizar a noite com uma boa dose de comédia. Esta noite fiquei também a "beber um chá" enquanto me divertia vendo e ouvindo (quase)todo o Festival Alternativo. Sim também me senti curioso e estive lá, assumo. E não é que estavam lá mesmo as individualidades prometidas, a Serenela Andrade e o Eládio Clímaco e o Armando Gama e a Valentina e o Gimba e o Tozé Brito e...o Fernando Alvim, claro. E mais, estavam todos a brincar e divertidos. É caso para perguntar ... "E o povo, pá" Aqui fica o video clip, dos Homens da Luta, com a grande vencedora do festival e, se o Alvim diz que, bonito, bonito são as canções do Tozé Brito ... eu acrescento (e não sò)
Bom fim de semana, muita brincadeirinha e muito dinheiro "para comprar um carro novo"
Liderado por Pedro Dionisio, um músico nascido em Torres Novas no ano de 1978. Desde que começou a aprender guitarra aos 12 anos, rápidamente adquiriu uma razoável experiência em muitos projectos anteriores, essencialmente covers de êxitos do momento e outros. O projecto Dyonysyo.com terá nascido com a necessidade de Pedro Dionisio extravassar a sua própria identidade com uma sonoridade própria que vinha criando nos ultimos anos. No ano 2008 entendeu ser a hora de publicar os seus originais e criou o site "dionysyos.com" onde durante todos os meses publicaria um tema diferente que disponibilizou para copia gratuita. Nesse mesmo ano foi lançado o seu primeiro trabalho discográfico intitulado, "Cópia legal 2008".
A minha paixão pelas cordas da guitarra portuguesa, não me deixa indiferente à canção "Parece fado" onde se verifica mais um casamento entre o pop/rock e o fado e que aqui vos deixo o testemunho neste video gravado no concerto de lançamento do album:
Vale a pena dar uma vista de olhos aos videos aqui relacionados ouvir as suas musicas,todas cantadas em português, disponiveis no Palco principale consultar o site oficial (--)
As caminhadas pela musica trazem-me estas surpresas
Procuro noticias das Docas e "passo" pelo Irish Bar para "visitar" os '2ice' e a vocalista Joana Margaça .
No blog dos '2ice' não consegui ouvir sons dos seus covers como os U2, The Monkees, ou Red Hot Chilli Peppers, mas acabei por encontrar uma agradável surpresa.
A musica portuguesa tem uma nova interprete,
A Joana Margaçapassou-se para o outro lado, e agora também canta para "Uxu Kalhus"
Lê-se assim mesmo Uxu Kalhus ("instrumento de metal com badalo ..." pois)
Nasceram no ano 2000 e intitulam-se um "...grupo de música trad-folk-rock Uxu Kalhus. Malhão, Viras, Corridinhos, círculos, mazurcas, chotiças, e muito mais, com a pureza acústica e a potência elétrica. Harmonias arrojadas e arranjos endiabrados são a imagem de marca do grupo. Influências Afro-Jazz-Rock-Ska juntam-se ao tradicional para um resultado explosivo"
E se não é explosivo é no minimo arrojado. Não fácil "brincar" com a musica de uma forma tão "redonda", "despindo" e "vestindo" notas musicais sem fugir da beleza das raizes do tradicional e, mantendo-se bem portugueses.
É assim que conseguem recriar um 'Malhão Malhão' ou uma 'Saia da Carolina' e passar uma 'Erva Cidreira'
"A regra de ouro d’Uxu Kalhus é extravasar os fronteiras do Tradicional, sem preconceitos nem limitações, privilegiando a energia e a improvisação em detrimento da música previsível e quadrada, mantendo o baile como forma de expressão onde cada um encontra o seu espaço de realização..."
Com uma agenda cheia de concertos e festivais saiba mais sobre os Uxu Kalhus e no seu site oficial e no Myspace
Poderia estar á procura de nova casa. Mas não... apenas procurava uma casa de ferias lá mais para norte.
Eis que nas minhas pesquisas, por mero acaso, acabo por descobrir um "apartamento" onde me perdi por vários minutos explorando as suas 3 assoalhadas e mais uns. ...brincadeirinha não resisti a fazer um pequeno trocadilho para chamar a Vossa atenção para uma curiosa banda portuguesa que, sem alterar a pronuncia, decidiu adoptar um permanente ar 'bronzeado' e um forte aroma tropical para criar uma música de fazer inveja.
"músicas de apartamento’ é o primeiro CD dos T3+uns - um projecto independente baseado no Porto, Portugal, com fortes ligações ao Brasil. As canções, em português, utilizam ritmos e sonoridades da música brasileira que vão do maracatu à bossa-nova e do samba ao baião, misturadas com fado, reggae, rock e pop."
Exemplo disto é este video que aconselho a espreitar.
No baú das memórias não se perdem outros encontros famosos. Vai daí, vêm à lembrança alguns bons velhos tempos... Hoje nos "Encontros famosos" a grande Lena d'Àgua (fresquinha) e o cantautor Jorge Palma (a entrar na ribalta) num momento de relaxe.
Pois é... Deveria estar aqui a falar sobre as artes em português e apresentar boa musica portuguesa. mas,para o bem e para o mal,na ordem do dia está o "nosso" Festival da Canção de 2009 (e também o alternativo) e depois como tenho a mania de ler jornais (só as gordas, claro, o tempo é curto)sempre que me preparo para falar sobre as minhas "descobertas" de boa musica feita em Portugal, eis que me "distraio" com alguns títulos no mínimo curiosos (curiosos, estão a ver não estão...!) bom, adiante. Permitam-me então que partilhe a minha "distração"
O autor da crónica é o jornalista do DN Nuno Azinheira e, com a devida vénia, tomo a liberdade de transcrever ( sem comentários)
""A Certidão de Óbito" Lembra-se de Dança Comigo(vem ser feliz), de Sabrina?E de Sonhos Mágicos, Liana?E de Só Sei Ser Feliz assim (MTT)?Pois,o mais certo é não se lembrar, nem tão pouco, ter uma vaga lembrança do que lhe falo. Mas seguramente, mesmo que não goste, lembra-se da Tourada, de Fernando Tordo, ou de Silêncio e Tanta Gente, de Maria Guinot, ou de Playback, de Carlos Paião. Esta é a verdade das coisas. Não vale a pena continuar a enterrar a cabeça na areia. A certidão de óbito do Festival RTP da Canção explica-se com a cada vez menor importância do festival no panorama musical português, com o seu reconhecimento público, e até com a sua relevância na cena televisiva nacional. Há década e meia, o festival era um acontecimento. As revistas de TV publicavam as listas das músicas concorrentes, com um quadradinho à frente,para nós, em casa, podermos votar em família. Era uma festa, uma partilha, uma cumplicidade, um comprometimento com o País.Hoje ninguém quer saber do festival.Os tempos mudaram e o mundo também. A televisão é hoje apenas uma parte do nosso mundo e já nada, mesmo o Benfica, nos faz ficar em casa reunidos em serão familiar. A RTP insiste na fórmula.A final deste sábado até nem teve maus resultados de audiências, até foi um bom espectáculo telivisivo (bem realizado e encenado), mas, mesmo assim, eu não sei cantarolar a música dos Flor de Lis. Saia-se à rua, pergunte-se pelo festival: a única coisa que as pessoas sabem é "que estava lá a Floribella". E perdeu.
Em Crónica de TV do Diário de Notícias de Segunda-Feira, 2 de Março de 2009
Nota do Embalando : Por falar em Festivais passados, também se deve lembrar de Chamar a Música, de Sara Tavares, ou de Oração de António Calvário, tal como Conquistador dos Da Vinci. Já agora tal como com o Benfica, estou convencido que já nem Sporting nem Porto ou Belenenses, nos faz ficar em casa.
E claro está, parabéns aos Flor-de-Lisque acabaram por ser escolhidos para representar Portugal na Eurovisão e que, patrioticamente iremos apoiar.
E, por falar em Festival da Canção... E porque, também me apetece ir um pouco atrás da onda do Alvim... Aqui fica a ultima "grande notícia" para a "grande familia" dos musicos e interpretes nacionais: Vem aí a "GRANDE NOITE ... de volta aos velhos tempos". Vem aí o Festival da Canção Alternativa.
Por isso preparem-se artistas deste país
De acordo com a organização, "...o festival alternativo da canção irá realizar-se a 27 de Março deste ano, em Lisboa, às 22h00 com apresentação de Serenella Andrade e Eládio Clímaco"
(E as inscriçôes terminam a 15 de Março) Segundo também Fernando Alvim, "...é isto que iremos fazer, um festival alternativo da canção, com ou sem Eládio Clímaco, com ou sem Serenela Andrade, com ou sem o Júri de Espanha a dar-nos 12 pontos."
(não lhes posso adiantar o regulamento porque, até ao fecho desta mensagem, o pdf do Alvim não estava a abrir ) mas sempre lhes posso adiantar que já está escolhida a televisão "privada" que vai cubrir o evento via internet : www.speaky.tv.
Mais um fim de semana Mais um encontro de famosos. Hoje encontrei os Black Company que, acompanhados pela experiente Adelaide Ferreira, misturam o seu hip hop com o tango, num "casamento" simplesmente improvável.
Hoje (já dia 10/2), antes de mandar reciclar os jornais da semana anterior, comecei por folhear , aqueles aos quais já tinha devorado "as gordas".
Eis que, ao virar da esquina das últimas folhas do Diário de Noticias de 3 de Fevereiro de 2009, fiquei por segundos atraído pelo título "Perdoa-nos, Ary dos Santos" em grande destaque na secção de "Crónica de TV" .
O tempo já era escasso, e amanhã (hoje) vai ser um dia duro, mas (fraqueza minha) não resisti a transcrever o "desabafo" de Joel Netoque, infelizmente, é certamente coincidente com muita gente que gosta de boa música portuguesa.
"PERDOA-NOS, ARY DOS SANTOS
Há muito tempo que o Festival da Canção é penoso-e há pelo menos outro tanto que o Festival da Eurovisão é penoso também.Mesmo quando já eram penosos, procuravam ambos o valor artístico.Havia aquela coisa de eleger cançôes sobre a paz e a concórdia.Havia aquela outra de eleger raparigas jovens que representassem alegria.Mas era ainda uma boa canção que se procurava.
Tudo isso acabou-e, se não tinha acabado já, acabou agora.Entregue ao voto do público, o Festival tornou-se um simples concurso de popularidade.Ouvi os 90 segundos de cada uma das 24 canções que a RTP escolheu entre as 400 iniciais-e arrepiei-me.Depois conferi as 12 que o público escolheu para a final nacional com base nesses 90 segundos(90 segundos, meu Deus)-e arrepiei-me outra vez. As raparigas, que se chamam Fábias e coisas assim, fazem todas de Shakira.Os rapazes que se chamam Flávio e nomes do género, brincam ao Jorge Palma.As melodias são esquemáticas.Nas letras, os verbos ficam no fim , para facilitar a rima-e os erros de concordância estão por todo o lado.Das quatro canções vagamente elegíveis que me pareceu encontrar, uma desistiu, duas foram eliminadas e só uma chegou à final.Há-de ficar em último. Entre o público ganhou, naturalmente, Luciana Abreu. Diz a canção:"Quando é que o mundo nos traz/Mais um pouco de paz/Isto não faz sentido//é tudo uma confusão/Sem rei nem roque, então/Parece que está perdido//Yes we can!" Isto já não kitsch: é pimba mesmo."
Já está. Foram seleccionadas as 24 canções que vão estar a votação On Line A votação está aberta a todos os residentes em Portugal ou no estrangeiro que tenham endereço electronico, (válido, supostamente) Cada pessoa pode utilizar 3 votos e atribui-los a uma canção ou ditribui-los por, até 3 canções diferentes. As canções seleccionadas durante 3 dias, por Tó Zé Brito, Fernando Martins, Ramon Galarza e José Poiares, estão disponíveis para audição a partir do site da RTP. Embora a solução seja um pouco polémica, são estas as regras que estão em vigor por isso, se quiser participar, vá pelos seus dedos, directamente, a partir daqui ou a partir do site RTP